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Nossa História




A cidade de Campinas é uma das mais ricas do país, sendo o décimo maior Produto Interno Bruto (PIB) entre todos os municípios brasileiros e está em segundo lugar no PIB per capita, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a segunda maior economia do Estado de São Paulo. O município ocupa uma área de qua-se 800 km² e conta com uma população de aproximadamente 1 milhão e duzentos mil habitantes.

Campinas teve um processo de urbanização que resultou em uma cidade formada por grandes áreas vazias, cortada por estradas, com comunidades ao longo dessas rodovias afastadas do centro e umas das outras. A partir dos anos 70, Campinas foi uma das cidades que mais se desenvolveu industrialmente, atraindo para sua região metropolitana migrantes de várias partes do país, que foram ocupando as regiões periféricas da cidade, com conjuntos habitacionais e assentamentos precários, como favelas e loteamentos clandestinos.

É na Região Sudoeste que está localizado o bairro da Vila União, bem próximo da Rodovia Bandeirantes. A Vila União ocupa uma área de 251 hectares, possui cerca de 5.400 unidades habitacionais, entre casas, apartamentos e lotes e uma população estimada em 20 mil habitantes. A construção desse bairro envolve uma rica história de organização e luta das classes populares pelo direito à moradia.




A história da Vila começa em 1988, quando um grupo de pessoas que chegou a 1200 famílias decide ocupar um grande terreno, área de uma fazenda particular, conhecida como Fazenda “do Rony”. Essas pessoas eram trabalhadores de baixa renda, condutores, metalúrgicos, trabalhadores da Unicamp, da construção civil e da Polícia Militar. Alguns deles eram sindicalizados, e moravam nos bairros do entorno, em situações de moradia precária: pagavam aluguel, viviam em barracos, viviam de favor na casa de alguém – tipo de situação comum nas áreas periféricas das grandes cidades brasileiras. Ao ocupar essa fazenda, as pessoas levantaram um acampamento com lonas pretas e fundaram uma história de luta, que passou pelo sofrimento compartilhado e pela reivindicação.
 
Os futuros moradores acompanharam o processo de construção dos imóveis sem participar dele: eram expectadores. Em 1991, a obra já estava pronta; só faltava o acabamento que não acontecia. A obra ficou paralisada por quase dois anos e algumas construtoras responsáveis pela obra faliram.

Nesse ínterim, os futuros moradores receberam mais um carnê, o “carnê complementar”, com quatro prestações, que deveriam pagar – mas isso não estava no contrato inicial. O argumento da Cooperativa e da Caixa era de que esse dinheiro serviria para efetuar melhorias no bairro – luz, água, asfalto. Outro argumento, utilizado pela Caixa, era de que a inflação do Plano Collor teria aumentado os custos em 10%, por isso a necessidade desses pagamentos extras.

A Caixa, para tentar acalmar os ânimos, procedeu ao sorteio dos imóveis. O resultado foi que, apesar de não terem as chaves dos seus imóveis, os futuros moradores já sabiam onde iam morar, viam suas moradias, sabiam quem seriam seus vizinhos, quais seriam seus apartamentos... Entretanto, a Cooperativa e a Caixa não entregavam os imóveis. Nesse momento começa uma forte indisposição entre os cooperados e a Cooperativa que era acusada de defender a Caixa e não os mutuários.

Em outubro de 1993, os futuros moradores da Vila União decidem ocupar suas moradias.  É o início de uma longa e intensa história de negociação entre os moradores e a Caixa. Os moradores argumentavam que tinham o direito de receberem suas chaves e que não eram “invasores”. Já havia a ocupação de terceiros de algumas unidades, por isso eles tomaram a iniciativa de “ocupar” o que era deles.

Com os imóveis prontos, eles gradualmente conquistaram suas chaves:
  • contrataram os serviços de um chaveiro para trocar as fechaduras de cada imóvel e asseguraram-se de que somente futuros beneficiários, constantes nos registros da Caixa, fizessem parte da ocupação.
  • Uma entrevistada, conta sobre essa nova ocupação (agora dos seus próprios imóveis).
  • Afirma que a opinião pública ficou do lado dos moradores – a tendência era ver sua luta como legítima, afinal eles eram os reais proprietários daqueles imóveis – e que saiu “muita matéria sobre os moradores no Correio [Popular], no Diário [do Povo]” (ambos jornais de circulação na cidade na época).
Logo após a ocupação, foi formada uma comissão para representar os moradores, cujos interesses não estavam sendo representados pela Cooperativa Araras, frente a Caixa. A reação da Cooperativa, no momento da ocupação, foi abrir um processo de reintegração de posse contra os ocupantes, alegando que os cooperativados estariam desrespeitando a Cooperativa e que, além disso, haveria intrusos – isto é, pessoas que não estavam contempladas nos registros da Caixa – na ocupação. Um mês depois, em novembro, ocorreu uma audiência marcada pelo juiz. Sem decisão, o processo foi suspenso. Em julho de 1994, o juiz decide não conceder a liminar de despejo e decide que os casos serão discutidos e julgados um a um. A Cooperativa entra com agravo de instrumento, recorrendo dessa decisão do juiz, mas nada muda. Em março de 1995, o juiz extingue o processo sem julgamento do mérito.

Ainda em 1995, a comissão de moradores decide aceitar uma proposta da Caixa, então com os valores de financiamento mais baixos e mais próximos do aceitável, no entendimento dos moradores.

Outro grupo de moradores, no entanto, considerava essa proposta inaceitável, por causa dos juros muito altos que, ao final do pagamento, somavam dupla ou triplamente o valor do imóvel. Esse grupo formou um comitê de esclarecimento e convenceu a esmagadora maioria de que não deveriam aceitar a proposta da Caixa. O convencimento foi registrado em um plebiscito, realizado em abril de 1995, sobre aceitar ou não a proposta da Caixa. Dos 1.276 votantes, 1200 disseram “não” para a proposta. Após esse evento, a comissão foi alterada: os antigos membros saíram e formou-se a segunda comissão.

A Caixa, então, inaugurou um estande na Vila União, e se disse empenhada em tentar resolver a situação. Os moradores, insatisfeitos, ocuparam o estande em 1998 e a Caixa divulgou um documento dizendo que desistiria de tentar negociar.

Em 1999, é criada a Habteto, fundada em assembleia, como mais uma tentativa dos moradores de resolver o problema. Seu funcionamento é de tipo consórcio, e os cooperativados tornam-se então consorciados. Cada morador que quer ser consorciado paga uma mensalidade. Com os recursos, a Habteto vai quitando junto à Caixa, aos poucos, os primeiros imóveis da Vila União.

Todas as pessoas com quem falamos foram unânimes em afirmar que o intuito de criar a Habteto foi mostrar para a Caixa e para o Judiciário que eles queriam pagar. Mas queriam pagar um valor que consideravam justo, baseado no que os engenheiros contratados pela Associação de Moradores tinham avaliado como sendo o valor dos imóveis. Um entrevistado chamou a atenção para o fato de que a situação da Vila União era a mesma de outros tantos mutuários da Caixa Econômica em todo o país no início dos anos 1990: pessoas que tinham uma renda baixa (ou quase nenhuma renda) que não conseguiam pagar suas prestações e para quem a única política habitacional disponível (e inacessível) eram prestações com altos juros no mercado imobiliário.

O tipo de acordo que conseguiram com a Caixa abriu precedentes legais e históricos para que houvesse a compreensão de que, para a população de baixa renda, não se aplicavam financiamentos sob a forma de empréstimos e cobrança de juros bancários. Mas sim, que eram necessários subsídios públicos: a cobrança de prestações de valores baixos, complementadas por investimento do poder público (sem que se esperasse retorno destes recursos, muito menos com juros e correção monetária). Essa percepção da moradia como direito e não como um negócio foi de alguma forma vivenciada pelos mutuários, constituindo-se um dos marcos que permitiriam e justificariam, no futuro, que programas como Crédito Solidário e Minha Casa, Minha Vida pudessem existir no Brasil.

Em 2004, o mesmo grupo que estava à frente da Associação de Moradores e da Habteto disputou eleições contra o antigo grupo que, desde o início da história, estava à frente da Cooperativa Araras. Numa eleição que aconteceu às vésperas do feriado de Carnaval, a direção da Cooperativa finalmente mudou de presidente da Cooperativa.

Após ganharem a Cooperativa, esse grupo também conquistou o Centro de Saúde da Vila União (em 2006), em um terreno da cooperativa cedido (permutado em troca de dívidas) para a prefeitura.
 
Claro, ainda há muito caminho a trilhar. Como em todas as outras regiões da cidade, os problemas de segurança e infraestrutura persistem. Mas os nascidos e criados na Vila União não procuram outro lugar para morar. Há escolas, comércio movimentado, progresso. E quem mora por aqui se orgulha.
 
Hoje em dia, o carinho pela Vila União é grande. Hoje tem espaço para corrida, campos de futebol, e até um lugar onde, durante a semana, são ministradas aulas de taekwondo capoeira e parque. Até cursinho, outro orgulho dos moradores é o Cursinho Alternativo Herbet de Souza, que oferece aulas de pré-vestibular aos moradores.O local é mantido pela colaboração de voluntários, sendo a maioria de ex-alunos da Unicamp. Os atuais estudantes também colaboram como podem.
 

 
 

Sobre o condomínio 
O Condomínio Residencial Rio de Janeiro está localizado em:
  • Rua Dona Esmeralda Oliveira Mathias, 220
  • bairro Parque Residencial Vila União
  • CEP 13.060-721
  • cidade de Campinas-SP.
  • Seus imóveis tem 198 unidades
  • com 57m² de área
  • 1 banheiros
  • 2 dormitórios
  • 1 vaga de garagem
Conta com instalações como:
  • Playground
  • Portaria
  • Quadra poliesportiva
  • Salão de festas
Nos arredores do condomínio há diversos pontos de interesse com destaque para colégio, academia, pizzaria, lanchonete, etc.

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